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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

15
Mar23

O meu coração azul e branco não tem táctica

Maria

Estou só triste. Adormeci triste. Acordei a lembrar-me dessa tristeza.

Não tenho falado aqui de futebol, mas continuo a vivê-lo intensamente. Esta coisa de gostar tanto de futebol não abranda com o tempo, não desvanece o amor que sinto pelo meu clube. Nem o tempo nem as derrotas. Mas custa. Quando sabemos que estava ao nosso alcance fazer mais. Hoje não venho falar de táctica, opções, gestão de jogadores, oportunidades. Não sou treinadora de bancada e mandar bitaites de fora é fácil.

Eu joguei futebol e sei que, cada jogo é um jogo, a bola é efectivamente redonda e nem sempre cai para quem joga bem. Mas as oportunidades que não se agarram por norma não voltam. E quando voltam se tornas a desperdiçar já não há estrelinha que te valha.

Do jogo de ontem, a jogar em casa, com tanta oportunidade com mais de 60% de posse de bola em todo o jogo, com tanto ataque e jogo ofensivo, tínhamos que ter aproveitado cada oportunidade de fazer golo, vá no mínimo uma para levar o jogo avante e duas para vencer aquela porra. Tivemos muitas. E nem uma foi eficaz.

Com isso fomos eliminados quando não dependíamos de ninguém só da nossa eficácia. Fica um orgulho ferido. Porque tenho sempre orgulho nos meus, nos que dão o corpo às balas pelos milhares de adeptos que carregam o clube no coração. Há quem dê mais. Há. E há quem faça muita falta quando não está. Há. Mas temos que ser mais que isso. Aquele emblema que se traz ao peito e que cada adepto carrega no coração merecia mais.

Não fomos maus, mas devíamos ter sido do c@ralho!

F.C. Porto 0 x 0 Inter Milão (2º jogo dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões - eliminados )

▪Texto em destaque na página do @SAPO

09
Mar23

Este país não é para velhos - o tanas!

Maria

Este país não é para velhos

 

Volta e meia, infelizmente, estas notícias sobre os maus tratos a idosos, principalmente em lares entram-nos pela "porta adentro" e dão-nos uma chapada da realidade por este país fora à qual, muitas vezes temos os olhos com "óculos de sol" que nos protegem de tamanhas barbaridades que acontecem dentro de paredes. Umas vezes na casa ao lado, numa família que não respeita o mais velho, o idoso que muitas vezes precisa de cuidados especiais, outras vezes, dentro de quatro paredes onde alguém confiou deixar um idoso à mercê de indivíduos que valem pouco.

Nós sabemos, todos, que os lares escondem muita coisa, principalmente lares ilegais, que pessoas recorrem por talvez os valores dos lares legais não serem para o bolso de qualquer idoso ou família neste país. No entanto, quero sempre acreditar que se vai em busca de algo com condições para "os nossos". E vejamos, se até nos lares legais há tanta coisa má...

Dentro das famílias já temos assistido também infelizmente a notícias de maus tratos, logo não fico assim tão espantada quando vêm de lares. Eu sei que à partida quem tem, quem gere e quem trabalha num lugar destes tem que estar apto para o fazer e ter acima de tudo respeito por quem ali vai encontrar.

É difícil aceitar que alguém compactue com estes maus tratos. Sejam com a falta de higiene, de coisas básicas, com a falta de comida ou com a violência verbal ou física.

Eu tenho uma ligação muito grande com a minha família. Sou muito família. E tenho familiares em lares. Que pagam um balúrdio para lá estar e que jamais pus a hipótese de não terem qualidade de vida lá. Mas convém sempre estar de olho. Perguntar sempre. Visitar. Sim visitar o lar, as pessoas não vão lá parar e depois deixam-nas lá sem qualquer visita, não deveria acontecer.

São assuntos delicados, mas que para quem tem respeito pelos mais velhos custa a entender.

Hoje em dia nada é fácil, parece que andamos sempre a mil à hora ainda que no mesmo sitio sem tempo para nada e para tudo o que só nos interessa. Sem paciência. E cada vez mais, os mais novos, talvez percam esse sentido de família e respeito pelos velhos deste país.

Nós lá chegaremosE eles. E sinceramente acho que seremos pessoas mais solitárias que os velhos do nosso país neste momento, porque infelizmente cada vez mais eles são descartáveis porque o ser humano está mais egoísta e só pensa naquele que se move à volta do seu umbigo... um dia vai sentir-se na pele o que é ser-se velho e os olhares de "empata" que certas pessoas mandam.

Hoje ama-se menos, com menos respeito, com mais inseguranças e com menos valores. Com muitas expectativas em pouco empenho. Numa experiência que é viver muito o hoje, em que não se investe, não se trabalha no outro, em que o desistir é mais fácil.

Sejamos mais empáticos com essa luta que é geral aos nossos idosos - a incerteza do amanhã, a conquista de um lugar bonito na vida de outros, o carinho, agradecimento e compreensão.

Este país é deles, antes de ser nosso.

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

06
Mar23

Pensei não aguentar uma semana. Passaram dezasseis anos!

Maria

Fez ontem 16 anos que não pertenço aos "quadros" do desemprego... como costumo dizer já faço parte da mobília, esta é a minha segunda casa! E isto é uma típica relação normal. Altos e baixos. Quase desistências. E dias bons. Dias não. Luta dia após dia. Dias com menos fé e dias que só se olha para o futuro. Juntos.

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Fui literalmente deitada aos lobos. Assim mesmo sem ninguém ali com paninhos quentes para "aliviar as fores", para enxaguar tanta lágrima que deitei e acalmar os nervos que aquilo me deu.

Não foi um inicio nada fácil. Foi muita coisa nova, foi, com outra idade, muita responsabilidade e foi muito olhar para o lado e ninguém para ajudar. Foi um "desenrasca-te". E durante muito tempo foi basicamente isso desenrascar-me todos os dias, panicando muitas vezes com os nervos e o stress a tentar lidar com tudo e a tentar ser capaz. Falhei muitas vezes com certeza mas tentei sempre dar o meu melhor e ser melhor. Acho que consegui. Nunca pensei estar aqui no hoje. Mas se estou deve-se à minha luta, perseverança e coragem. Porque foram muitos dias a aguentar o barco em dias não. Mas depois há os dias bons e a equipa que entretanto se tornou a melhor equipa e ambiente de trabalho na maior parte dos dias.

Afirmo novamente:

Atentem numa coisa, isto é um abre olhos para aqueles que começam num trabalho novo e é difícil, às vezes as coisas depois descomplicam um pouco. Às vezes vale a pena não ir pelo caminho mais fácil - desistir. 

É uma empresa de loucos, digo-o tantas vezes. Mas isto é família.

E eu continuo a agradecer por nos dias que correm, nestas crises que fui ultrapassando, ter trabalho. Agradeço as oportunidades que me vão sendo dadas. Continuo a resmungar todos os dias para sair da cama pela manhã, queixo-me pela cabeça massacrada com que chego muitas vezes ao fim do dia, bato o pé pelas vezes que ganho um cabelo branco por aturar gente que me tira do sério, dias há em que me revolto por ter tanta coisa nos meus ombros que às vezes me tira o sono, às vezes mando o boss (ou outros) abaixo de Braga (psicologicamente ou baixinho é certo) mas caramba, se ficasse em casa, se não tivesse trabalho, se fizesse parte da enorme lista de desempregados do país, aí sim o atrofio seria muito maior.

Um dia destes ouvi o Pedro Ribeiro (que admiro e ouço todas as manhãs) da Comercial dizer que o trabalho é importante mas enquanto director sempre tenta passar às equipas que o mais importante da vida deles tem que estar para fora da porta da rádio e que é preciso que as coisas corram bem lá dentro mas que cá fora a vida tem que ser ainda mais importante e têm que zelar por ela. E senti aquelas palavras, senti que estou no sitio certo porque aqui passa-se exactamente a mesma coisa. Trabalho com pessoas que se preocupam, que me tratam como família, que assim que digo que preciso sair dizem vai. Que são compreensíveis. Que me trazem pela manhã croissants, donuts e bolos. Que se estou mal é em casa que devo estar e nem preciso de papeis a justificar. Que levam a sério isto das relações e são humanos. Percebem o que eu digo?

E é isto. Pensei não aguentar uma semana. Passaram dezasseis anos!

É um exemplo de superar expectativas. De não desistir. De não ir pela primeira impressão. De saber que o ceder tem que partir de ambas as partes. De superação.  É realmente, um abre olhos.

Às vezes tenho saudades da menina que aqui chegou cheia de esperança no olhar e uma inocência própria dos vintes. Mas o trabalho molda-nos, faz-nos crescer, ganhámos calo de muitas situações e formamos a nossa personalidade a cada novo dia.

Venham mais!

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

03
Jan23

Dicas/Desafio de Poupança 2023

Maria

Este já é aquele post que não pode faltar! Normalmente no fim de cada ano, quando faço o balanço, mas não tive tempo na minha semana de férias. Todos os anos deixo aqui algumas dicas que por experiência acho que são mais fáceis de seguir e depois faço os balanços das mesmas no fim do ano.

Hoje vou partilhar com vocês novamente, porque quem já anda por aqui algum tempo já conhece e tenho bom feedback, essas dicas e fazer o balanço deste ano que terminou, 2022.

  • Eu faço o desafio das 52 semanas. Mas o desafio que eu criei

Quem por aqui anda há algum tempo já conhece esta dica.

TABELA POUPANÇA.png

O balanço final é na ultima semana do ano, que teremos (se conseguimos cumprir à risca o desafio) a quantia de 702,00€ (que foi o que tentei fazer este 2022 mas que nos entretantos fui tirando de lá e acabei por não ter a totalidade agora no final, acumulou cerca de 500€, mas vou levar já para o próximo) Ou a quantia de 428,00€ no caso do desafio da tabela mais antiga (ver abaixo). É uma poupança extra que conseguimos para algo que estamos a desejar e às vezes não se consegue. É uma ajuda para aquele presente, ou aquela viagem, ou aquele miminho... é isso, aquele gasto extra.

A outra tabela é esta:

TABELA POUPANÇA (1).png

 

Esta dica surgiu depois de ver alguns desafios de poupança por aí e de ter percebido que para muitas pessoas, famílias, eram impossíveis.

Este ano não sabemos muito bem o que nos espera, logo em termos de poupanças não será fácil, mas juntos podemos tentar arranjar aqui algumas dicas que nos ajudem.

Este desafio, como é óbvio não traz um montante tão significativo como outros, mas já é bem bom e para carteiras com menor poder de manobra no orçamento mensal é mais fácil de conseguirem seguir. Muito melhor do que não poupar nada e afinal de contas o ditado grão a grão enche a galinha o papo é apropriado. Também podem juntar com outro tipo de poupança que já seguem ou têm por hábito fazer. 

Escolham a que melhor se adapta ao vosso objectivo. Imprimam a tabela que querem, ponham dentro de um frasco ou algo do género e é só ir depositando todas as semanas o valor (contem-me por qual optavam). Espreitem no instagram como eu faço.

Na minha opinião, tudo o que seja tentativa de poupança está óptimo. Porque acho que na realidade o que interessa é termos um objectivo e um caminho traçado e tentarmos ir por ali, caso contrário perdemos o rumo de querer poupar alguma coisa e um dia ou noutro vão-se aqueles trocos que eram para estar de lado. 

  • Também nos últimos anos optei por fazer o desafio das moedas de 2€.

Consiste em, durante um ano, ou o período de tempo a que se comprometem, todas as moedas de 2€ que vos passem pela mão, amealha-las. Dica: podem até pegar num qualquer frasco e ir pondo lá até encher e quando encher, independentemente do tempo, voilá têm um dinheirinho extra para as férias por exemplo!

  • Para pessoas que estejam a tentar largar um vicio.

Por exemplo deixar de fumar, gastar tanto € em raspadinhas (ou outro vício qualquer - tomar menos café, beberem menos socialmente...), também deixo a dica de tentarem pôr de lado o dinheiro que gastavam em tabaco. Ou uma quantia que estabelecem desse sentido. Quando tentei deixar fiz isso, mas tem que se pôr de lado mesmo, numa caixinha, numa gaveta, noutra conta, em qualquer lado que não passem por lá sempre, que é para deixar de lado literalmente.

  • Há pessoas que também têm um "emprego extra", ou fazem umas horas ao fim-de-semana em algum lado, ou algo do género, é interessante também não misturar esse dinheiro com o do ordenado mensal.
  • Um valor estipulado quando se recebe o ordenado.

Há um hábito bom que também podem adotar. Todos os meses, ou pelo menos sempre que seja possível, quando se recebe o ordenado estipular um valor que se pode pôr de lado também. O valor estipulado pode variar consoante as despesas mensais, ou extras que nos aparecem é claro, mas depois dos primeiros meses vão conseguindo ter a noção de um valor que provavelmente conseguem poupar. Nem que sejam dez euros mensais. Tudo é lucro. Mas no início do mês, que é para não terem a ideia de deixar para o fim para ver o que sobra e não sobrar nada. Isso não motiva, certo?

Acreditem as coisas vão aumentando, o pouco que seja. Mas não se esqueçam, a melhor dica é separar essas poupanças, da conta à ordem que vão mexendo regularmente.

Como podem ver, são desafios básicos que cada um se pode propor a fazer, ajustando-o a si, porque isto são apenas exemplos.

Querem tentar ou partilhar como andam os vossos planos de poupança, ou que dicas partilham?

Boas poupanças para 2023!

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06
Dez22

O calor Tuga derreteu o queijo Suíço 💚❤️

Maria

Estamos nos Quartos de final carago 🇵🇹

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Primeiro não precisamos de calculadora para aqui chegar, aos oitavos, e já foi meio fora de normal. Depois começamos o jogo com a Suíça com a coragem do Fernando Santos ao deixar o capitão no banco, fora dos titulares coisa que também não é normal, embora seja bastante compreensível face aos últimos jogos. E mais, face à paleta de jogadores que temos disponíveis e que merecem também eles uma oportunidade!

Que jogo! Mais que jogar bem, aproveitar as oportunidades, não baixar a guarda e lutar sempre até ao fim. Gostei de ver esta geração. Gonçalo Ramos soube finalizar aproveitando da melhor maneira possível a oportunidade dada e mais, estar a "substituir" o melhor de sempre. Porque a realidade é esta. Gostei de ver o Félix, jogador que nem aprecio muito mas que esteve muito bem em campo. Rafael Leão fez grande golo ao entrar muito bem no jogo. Uma grande salva de palmas ao nosso "velhote" Pepe que gosto mesmo muito, que muitas vezes é o que leva tudo às costas e ainda conseguiu pontuar grande golo lá  no alto.

Estamos nos Quartos. E foi uma goleada das boas que nem lembra.

Faltou um golo para o Ronaldo. Vejamos, não está a ser o melhor mundial para ele, não está. Mas continua com a garra que sempre lhe conhecemos e que sempre nos levou em estandarte por esse mundo fora.

Não se cospe no prato que se comeu. E em alturas difíceis temos que estar lá uns para os outros. Todos temos a mesma opinião que muitas vezes ele não está no seu melhor dia e é melhor ficar fora. Mas a maneira como expressamos isso diz mais sobre nós do que, na realidade sobre ele. Sejamos humildes. Ele foi durante muito tempo o melhor do mundo. E sempre se esperou o melhor dele e ele deu-o. É preciso não esquecer. 

Vamos Portugal ❤️

Portugal 6 x 1 Suíça (jogo dos oitavos do Mundial e passagem aos quartos nos qual nos esperaa selecção de Marrocos)

 

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24
Set21

Do Outono que não há em mim!

Maria

Eu sempre disse que sou muito mais verão! Logo, continuo a não gostar nada da ideia de acabar o verão. 

E de uma visão geral as pessoas são mais bonitas de verão. São mais sorridentes, mais bem dispostas, mais luminosas. Mais leves cheias de boa onda. A música é mais animada. Os lugares mais bonitos. Isso ou sou eu que me sinto muito mais assim e revejo nos outros...

Não gosto de ter que me despedir do verão e dito assim, deve ser defeito de despedidas que são coisas que me custam a aprender.

Não gosto da descida das temperaturas. Os dias mais pequenos, mais castanhos e frios. Não gosto do acordar de manhã sem saber o que vestir porque o tempo anda maluco, ora faz sol, ora frio. De manhã e noite está mesmo fresco e durante o dia um calor bom e aquilo não dá para alinhar o sistema cá dentro e muito menos a vestimenta. Ora saio de sapatos e apanho um calor que me coze os pés, ora saio de sandálias e congela-me tudo e mais alguma coisa. Sair de perna ao léu é aquele risco, mas por amor da santa nem pensar em usar já meia-calça!

Não gosto de ter que mudar novamente o armário para as roupas pesadas (basicamente não gosto de ter que arrumar o armário, quando mais tiro parece que mais cheio fica e na indecisão não me apetece tirar nada). E aquilo com os brancos e os coloridos fica tão mais giro que com os tons escuros bálhamaDeus.

Não quero nem ouvir falar na mudança de horário porque detesto o horário de inverno! Sim eu sei que estamos a falar do outono, mas na verdade daqui a um mês começa o horário de inverno com um anoitecer às seis da tarde isto se não chover porque senão temos daquelas tardes que às três já estamos no lusco fusco. Oh não sou mesmo nada disso. Fico deprè, chatinha e morrinhenta.

Gosto tão mais de andar de chinelo no pé, de roupa leve, ombros à mostra, de não ter que secar o cabelo - nunca uso secador de verão! De sair de casa com óculos de sol. De não precisar de casacos. Da pele menos cor de lula deslavada. De rosa choque nas unhas. De finos e tremoços. De não precisar de guarda-chuva. De ficar ali sentada na varanda a ver o lusco-fusco. De parecer que saimos do trabalho e ainda temos um dia para gozar. 

Não fico deliciada com as primeiras chuvas e mais uma vez aviso, se me lerem "já estava farta do verão" cortem-me os pulsos porque certezinha algo não vai nada bem. Nada mesmo.

Nunca fui "castanhos" por mais que a moda nos empurre para lá. Nem cinzentos. Não gosto dos pés gelados. Voltar aos jeans e aos casacos é inevitável (olá ao look do dia de hoje). E eu sou tão feliz de calções, havaianas e ombros ao léu. Oh se sou!

Sorrisoincognito

Sorrisoincognito

Eu sou tão, mas tão mais verão! 

E este verão foi bom. Muito bom. E venha lá o que tiver que ser, mas continuo a ser muito mais verão e a não encontrar outono em mim 

E vocês, são mais verão, ou mais outono?

23
Jun21

A vida é um lugar estranho e bom. Mesmo com dias de merda.

Maria

A Douro

 

É impossível não partilhar isto. Não escrever sobre isto. Não dizer duas ou três coisas que preciso.

Ainda que, não saiba o que dizer. Como o dizer. Ou se quero sentir o que vou sentir ao escrever. Mas partilhar em palavras aquilo que sinto sempre foi a minha melhor versão.

Perdi há duas semanas, uma das melhores pessoas da minha vida.

Do meu crescimento. Do meu sangue. Daquelas que partilhavam o mesmo lema de sorrir, todos os dias "no matter what". Daqueles que me ensinou que a criança dentro de nós é preciso mantê-la para bem da nossa [in]sanidade. Daqueles que me faziam sorrir quase todos os dias, ainda que há distância com as parvoíces que me enviava e que era constante no seu estado de boa disposição. Sempre pronto a ajudar. Sentido de família. Cheio de vida e onde estivesse não deixava ninguém indiferente. Com uma facilidade em fazer amigos em qualquer lado. Sempre na tanga a dar-nos aquela dificuldade em perceber se era "agora" que estava a falar a sério. A ver o copo sempre a transbordar.

[ Dá saudade. Dos encontros que já tínhamos meio definidos para juntar os estarolas. Dá saudade a cada fotografia. Dá saudade a cada canto da vossa casa. Dá saudade ao olhar para os miúdos. Para os teus pais. Dá aquele aperto, daquela mistura de saudade e de ainda estarMOS a tentar acreditar que aconteceu.

Há uma semana vi-te a ultima vez na despedida e por entre as lágrimas só me apeteceu dizer-te "vá deixa-te de tangas levanta-te daí". Porque tu eras assim. Os encontros de família não vão ser mais os mesmos. De todo.

Porque há dias de merda. e o dia em que partiste foi definitivamente um dia de merda. Sem tentar perceber o que pode explicar o inexplicável é tentar aceitar. 

Cada um sente a perda de alguém de diferentes formas. Nem todos nos tocam da mesma maneira e isso nunca se impõe. É simplesmente  sentido e verdadeiro o que cada um é na nossa vida.

O fugaz e inesperado, o que surge sem aviso prévio é ainda mais difícil. Os dias passam a dor não tem diminuído e o facto de muitas vezes não se conseguir exteriorizar coisas é ainda mais difícil. Dizemos sempre que o tempo ajuda. Mas o tempo aumenta a dor, as perguntas e o difícil que é não há nada a fazer. 

Entre o luto, os silêncios, as noites, as lágrimas, as recordações faz eco a tua gargalhada, a tua sempre grande e efusiva gargalhada. "Oh prima Oh prima" fica-me para sempre cá dentro. Muito mais nestes dias de merda que as tuas mensagens já não entram para me fazer soltar aquela gargalhada enquanto dizia "só tu!" ]

Há dias em que a Vida nos prova que é uma grande filha da puta. Que é injusta. Que leva os melhores de entre nós demasiado cedo.

 dia 9 foi um desses dias.

E eu só quero que estejas em paz ❤

 

 

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05
Mar21

Pensei não aguentar uma semana. Passaram catorze anos!

Maria

Sim, hoje agradeço não pertencer aos "quadros" do desemprego há 14 anos... como costumo dizer já faço parte da mobília! E isto é uma típica relação normal. Altos e baixos. Quase desistências. E dias muito bons. Luta dia após dia. Dias com menos fé e dias que só se olha para o futuro. Juntos.

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Continuo a dizer que não me acreditava neste dia se mo tivessem dito lá no início. Mesmo após as primeiras semanas. Que foram bem difíceis e onde fui, literalmente deitada aos lobos. Assim mesmo sem ninguém ali com paninhos para enxaguar tanta lágrima que deitei e acalmar os nervos que aquilo me deu. Foi ali que comecei a ganhar cabelos brancos. Acreditem. Não foi nada fácil. Não é. Por muito que eu faça parte da mobília e isto seja já muito "Eu" há dias não. Mas depois tenho a melhor equipa e ambiente de trabalho.

Afirmo novamente:

Atentem numa coisa, isto é um abre olhos para aqueles que começam num trabalho novo e é difícil, às vezes as coisas depois descomplicam um pouco. Às vezes vale a pena não ir pelo caminho mais fácil - desistir. 

Continuo a lembrar-me como se fosse hoje a primeira vez que pisei esta empresa. Lembro-me tanto das primeiras peripécias. Lembro-me de cá chegar e chorar a dizer que não aguentava uma semana. Uma semana que passei quase sempre a panicar com os nervos, o stress e as peripécias. Quem diria. Aqui estou Eu!

Continuo a ter mil e duas peripécias para contar desta empresa que já me trouxe tanta coisa boa e algumas menos boas, o que é perfeitamente natural. Quem me segue há mais tempo conhece bem algumas peripécias que vos conto porque na sua maioria são mesmo de arrancar risadas.  Isto realmente, tem dias que é de loucos.

Já chorei, mas já dei tanta risada boa, tanto com os funcionários, como com o boss, com os clientes (esta foi óptima), com os fornecedores ou mesmo com outros indivíduos que me aparecem à frente. Estou mais que atrofiada é certo. Fazer o quê?!

Mas isto é família.

E eu continuo a agradecer por nos dias que correm, nestas crises que fui ultrapassando, ter trabalho. Este ano de pandemia não foi diferente e fui uma privilegiada. Continuo a agradecer as oportunidades que me vão sendo dadas. Continuo a resmungar todos os dias para sair da cama pela manhã, queixo-me pela cabeça massacrada com que chego muitas vezes ao fim do dia, bato o pé pelas vezes que ganho um cabelo branco por aturar gente que me tira do sério, dias há em que me revolto por ter tanta coisa nos meus ombros que às vezes me tira o sono, mas caramba, se ficasse em casa, se não tivesse trabalho, se fizesse parte da enorme lista de desempregados do país, aí sim o atrofio seria muito maior.

São 14 anos de trabalho na mesma empresa. Como isto passa tão rápido, tão rápido mesmo, como isto é tão importante! Mas a empresa também está de Parabéns por me ter porque sempre tento ser uma funcionária exemplar. Sei que me tratam como parte importante, como sendo da família e sei que sou mimada também, porque me respeitam e sabem o quanto dou de mim a esta empresa - e aqueles croissants ou donnuts que muitas vezes me trazem pela manhã são um exemplo. Hoje fui eu que trouxe!

Pensei não aguentar uma semana. Passaram catorze anos!

É um exemplo de superar expectativas. De não desistir. De não ir pela primeira impressão. De superação.  É realmente, um abre olhos.

Hoje é mais um dia cá. Para a semana oxalá também.

 

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22
Fev21

Coisas que aprendi com relações falhadas

Maria

Todos temos relações falhadas. Uns mais que outros. Mas há sempre uma que falhou. De mais ou menos tempo, mas que em algum momento nos foi importante. Aprendemos com elas? Sempre! Mas nem sempre nos apercebemos logo da lição a tirar dali. Seja quem for que tenha falhado e seja quem for que a tenha dado como terminada.

[imagem retirada da internet]

 

  •  Vamos amar sempre muito aquela pessoa até todo o sempre - só que não.

na verdade quando estamos apaixonados, quando estamos numa relação e quando já amamos aquela pessoa, achamos que é para sempre. Às vezes não é, outras tantas mesmo deixando de se estar juntos o amor fica (pelo menos até alguém preencher um cantinho do que ficou).

  •  vai haver um momento, com outro alguém, que nos vai remeter a um outro momento passado no que falhou.

Pode não fazer mossa, mas vai lembrar.

  • Há um som de alerta que tem que estar pronto a tocar a qualquer momento e tu foge!

Sim. Na verdade se esse som soar foge, mas foge mesmo e nem tentes arranjar desculpas para o que quer que seja. Há coisas que não têm desculpa. E se aceitas que te agridam verbalmente, emocionalmente, psicologicamente ou fisicamente estás a cair num fosso que ficará para sempre aberto. Por muito entulho que lhe queiras pôr de forma a esquecer... não dá! Foge.

  • devemos ser minimalistas nesse sentido e deslargar tudo o que nos leva aquela relação.

Ou então arrumar numa "gaveta" em que só tenhamos acesso se realmente quisermos ter acesso e não uma que se anda a esbarrar dia sim, dia sim. Isso não vale. É jogo sujo com nós mesmos.

  • as redes sociais são um dano colateral irreversível.

Isto do irreversível é como quem diz, uma vez na internet para sempre na internet. Há pessoas que partilham tudo e mais alguma coisa que na volta há gente que muda mais vezes de fotografias com alguém que eu a mudar a roupa do armário na troca de estação. E isso não é bonito. É assim, cada qual faz o que quiser com quem quiser, é a minha opinião. Mas.. andar cá a pôr fotos e a tirar é aquela base... mais vale pensar duas vezes antes de partilhar.

  • "Vou-te excluir do meu orkut" já dizia a música e na verdade é o melhor.

vamos sempre espreitar, "ficar à espera" de novidades, vamos reagir internamente ao que vamos dar de caras e isso, isso é passado e passado é lá trás. Ninguém quer ler palavras soltas ao vento para outro alguém que antes eram para nós, certo? Mas se a amizade boa ficou, onde se consegue separar as águas... isso são outros quinhentos.

  • acreditamos que não vamos voltar a ser felizes no Amor.

na verdade pode muito bem acontecer, é a vida. Mas as probabilidades de voltar a acontecer são do tamanho do nosso optimismo e no "deixa andar" estando abertos a... por isso o luto é necessário. E vamos andar a chafurdar na lama... Mas nada de encarnar a escuridão nos dias. Longe disso porque energias negativas atraem energias negativas (xô xô).

  • nunca voltar aos sítios onde já fomos felizes - o tanas.

devemos voltar sim onde quisermos se o lugar for mesmo importante para nós. Porque podemos voltar a ser felizes ali, sozinhos ou acompanhados. Há lugares que podem fazer-nos lembrar alguém, mas.. isso é só um pormenor, que não deve ser maior que a vontade de ir algum lugar que gostamos mesmo.

  • aprendemos com os erros.

e isso quer dizer que não voltamos a errar? Não, muito pelo contrário. Mas de certeza que alguma coisa aprendemos com aquela cabeçada.

  • dois olhares sobre a mesma coisa não vão sentir o mesmo nem tampouco tirar a mesma conclusão.

é a vida, se até no futebol conseguimos olhar para o mesmo lance e interpreta-lo cada um à sua maneira, muitas vezes claro está, puxando a brasa para a sua sardinha, num relacionamento a coisa não é assim tão diferente quando são duas pessoas, com diferentes pontos de vista, diferentes emoções, valores e atitudes. O bom é encontrar alguém que te ajude a suportar essa diferença e a contorná-la. Mas é por isso que às vezes as coisas falham ali mesmo em frente a um qualquer obstáculo.

  • O problema não és tu, sou eu!

Balebas. Balelas.

 

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 ▪ Texto em destaque no SapoBlogs e na página do @SAPO

05
Ago20

Testes à Covid 19 : Madeira VS Açores

Maria

MADEIRA.png

 

A Madeira foi a primeira a chegar-se à frente com a ideia de para entrar em território Madeirense tem que fazer-se um teste. Tudo bem e concordo com a medida. E eles assumem os custos. 

Os Açores foram atrás da ideia, mas anteciparam-se à coisa e na volta assim que isso começou já tinham acordo com mais de cem laboratórios espalhados por todo o país.

A Madeira abriu com um laboratório em Lisboa. Apenas dias mais tarde. Abriu Coimbra. Mais tarde um no Porto, há cerca de uma semana e pico um em Vila Real e recentemente em Barcelos.

A partir daqui, já não está tudo bem.

[Açores 1 x 0 Madeira]

Marcação de testes à Covid 19 para os Açores, consegui marcar com menos de uma semana de antecedência do vôo e no mesmo dia em que enviei um email para um laboratório no Porto, passadas poucas horas, recebi logo um email de confirmação do mesmo.

Marcação de testes à Covid 19 para a Madeira, mandei email para marcação para o Porto e passados quatro dias respondem-me a dizer que não têm hipótese. Mandei email para Vila Real a pedir marcação no sábado dia 25/07 e mais de uma semana e meia depois ainda estou à espera de resposta... (se tivesse viagem entretanto já foste!) e nem vou comentar o atendimento telefónico que recebi ao ligar na passada sexta-feira para pedir informações.

Sendo que, para passageiros com viagens marcadas às terças e quartas-feiras (como é o meu caso - olha o karma) ainda têm outro senão: os testes têm que ser feitos ao fim-de-semana e para isso não há - ainda - solução, quando já passou um mês de terem aberto as portas aos turistas e há AINDA MAIS essa anomalia.

"Não é possível realizar testes aos sábados, domingos e feriados. Os voos que saem às terças e quartas-feiras para a Madeira nem sempre poderão ser agendados neste ADC. Estamos a trabalhar para resolver esse problema." uma das respostas recebidas.

E depois ainda leio comentários de Madeirenses a dizer que se o povo tivesse consciência não ia para lá fazer o teste só no aeroporto. O que se esquecem é que há todo um processo que ultrapassa quem tem viagem marcada para ir. E que quer mesmo fazer o teste antes. E que não se importa de fazer mais de  70 quilómetros (s-e-t-e-n-t-a para cada lado) para o fazer.

O que me cutica a paciência é não trabalharem bem quando fazem propostas deste género.

E anda uma pessoa a pagar um balúrdio para uma viagem dentro do nosso país e é toda uma dor de cabeça para fazer férias cá dentro. Que já quase não apetece.

(e eu não vou propriamente por férias, mas para reencontrar família!!)

Sinceramente...

 

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