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SorrisoIncógnito

Todo o sorriso é apaixonante devido ao incógnito que o ofusca! SORRIR_um estado de espírito...

14
Nov23

Oh Meu PORTO

Maria

Estou só triste.

Pelo meu clube.

O dia de ontem marca um ponto negativo na vida do meu clube do coração e deveria ser um ponto de partida para todos os adeptos do grande clube que é o nosso FCP. Sócios e não sócios. Adeptos.

Nunca quero ter o nome do meu clube associado a noticias de - caos - pancadaria - homens - mulheres - sócios - ameaças.

Eu não sou por este ou por aquele. Não estou aqui a dar o meu apoio a A, B ou C que se candidate nas próximas eleições. Sou pela liberdade de expressão e pelo respeito. Isto não é sobre apoiar este presidente ou outro que se candidate. Isto não é sobre o ego inflamado de uns ou de outros. Não é sobre quem bate mais palmas, quem sente mais no coração ou quem vai mais vezes ao estádio.

Mas é sobre quem não respeita o clube. Nunca vou compactuar com actos de violência no meu clube venham eles de quem venham. De onde venham. Quem seja o foco. É uma vergonha, é triste, desaponta ou deveria desapontar cada um que tem voz e que ama o FCP como seu clube.

Eu não sou Pinto da Costa. Eu não sou André Vilas Boas. Eu não sou Pedroto. Não sou Mourinho. Não sou Reinaldo Teles. Não sou Jorge Costa. Nem Vitor Baía. Nem Octávio. Não sou Conceição. Não sou Madureira. Eu sou FCP. Sou todos eles e outros quando eles são e honram o Porto.

Agradeço sempre a quem de direito o que faz de bem pelo clube. A quem o dignifica. A quem o SENTE. E quem o sente não pode concordar com o que aconteceu ontem.

Cada um de nós, portistas tem que ter voz no clube. Sem medos, sem apertos, sem olhares por cima do ombro, sem ameaças. Sem se sentir desconfortável a SER PORTO. Dentro do clube os adeptos são um só. Somos o 12 da nossa equipa. E só isso. Dentro desse 12 que somos, ninguém é mais do que ninguém, ninguém pode oprimir o outro e o lugar de estar a apoiar o clube não é mais de um do que de outro.

É parar já. É não tirar a toalha ao grande clube que é o FCP. Ele é maior que todos os grandes nomes que o fizeram. Eu agradeço o grande presidente que Pinto da Costa foi e é. Assim como quem ama o clube com toda a  certeza lhe agradece. Mas nos últimos tempos atrairam coisas más para o nosso clube. Isto que aconteceu ontem não é o Porto. Se alguém afecto à instituição concorda com o que aconteceu então não é digno do clube. Seja o presidente, seja o adepto. Seja a direcção, seja quem abriu as portas do pavilhão. Seja da claque ou daqui da aldeia. Seja do porto, de Lisboa, do Dubai ou de outro lugar qualquer.

Fico tão triste por milhares de sócios a uma segunda feira à noite se dirigiram à Assembleia Geral do Clube e serem tratados daquela maneira. Tudo entre adeptos e sócios do mesmo clube. Perante a falta de organização, segurança e palavra de quem de direito de acabar com aquilo sem permanecer de braços cruzados como nos chegam cada vez mais notícias.

Eu já vibrei na bancada junto ao relvado, eu já vibrei na bancada vip, eu já fui feliz a vibrar junto com a claque dos Super Dragões, a cantar aplaudir e a sentir Porto.. Eu sou Porto e serei até fechar os olhos. Mas quero o meu Porto de volta. Quero o orgulho que é fazer parte de um clube que olha o desporto, que honra o emblema que traz ao peito, que olha o que se faz dentro de campo e que respeita cada um, fora dele, seja ele quem for que nasça e cresça dragão!

Nunca o nosso hino fez tanto sentido:

"Quando alguém se atrever a sufocar
O grito audaz da tua ardente voz
Oh, oh, Porto, então verás vibrar
A multidão num grito só de todos nós"

Não deixem sufocar.

Assim como eu não deixarei de amar de alma e coração o [meu] Porto, não o matem.

▪Texto em destaque na página do @SAPO

19
Ago23

Uma semana de Madeira

Maria

Do voltar aos lugares que sempre somos felizes. Eu volto. Eu sou feliz novamente. Eu continuo a acumular histórias felizes.

Cheguei aqui há uma semana e estou só feliz.

Madeira

 

Tenho sempre muitas razões para voltar à Madeira. Assim que me apaixonei por ela já lá vão uns quinze anos. Estou sempre com vontade de lá por o pé mais uma vez. 

Quem me acompanha nas redes sociais, vai vendo as fotografias que publico e que continuo a partilhar, também os stories são o melhor e mais prático a actualizar.

IMG_20230818_000011_000.jpg

Sempre que cá venho a prioridade é estar com os meus. Aproveita-los. É sorrir muito. Desabafar. Ter colo. Aventuras e gargalhadas juntos. Nos entretantos vou a sítios onde gosto de voltar. Vou conhecendo outros. E há sempre sítios que ainda não conheço e que continuam na lista. Adoro ouvir quem diz que foi há Madeira passar o fim-de-semana e conheceu a ilha - sqn. A ilha tem lugares turísticos que todos querem conhecer (há tantos que não conheço). Mas há muitos lugares menos turísticos que são só lindos. E é preciso ter tempo para os aproveitar. Há lugares que merecem que "percas" ali uns minutos a saborear - a vista, a paisagem, a natureza, o mar, o infinito mar, as alturas, as escarpas, as estradas tão únicas... há tanta Madeira para conhecer e viver.

Fiz o teleférico do Monte pela primeira vez. Fui conhecer o Monte Palace e é só lindo. Já fui à Poncha e experimentei novos sabores. Já fui a lugares que não voltava desde os primeiros anos que cá estive. Fui à água e ela está só óptima. Já voltei a andar de barco. Tenho bebido brisa maracujá que é uma coisa! Fui ao Pico do Arieiro assistir ao Nascer do sol, visto que já lá tinha ido ao pôr-do-sol e foi só um momento único. Não podem perder.

20230818_073322.jpg

 

Desta vez trouxe uma amiga comigo que queria muito conhecer isto e acho que está a adorar.

Estou aqui mais uns dias. Depois conto. Aproveitem a vida.

Quem também está por cá? 

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Texto em destaque na página do @SAPO

28
Jul23

"Falso Amor"

Maria

Cinco casais sujeitam-se a testar a fidelidade e a pôr à prova a confiança no seu amor num reality show bem "caliente" com um prémio "apetitoso" em dinheiro no final para o casal que menos errar perante as imagens e desafios que vão vendo dos parceiros no qual a nova tecnologia deepfake ( que usa inteligência artificial) distorce a realidade misturando verdades e mentiras.

 

É uma "série" que não me chamaria a atenção, senão esta tecnologia que cria a partir da imagem real de uma pessoa, imagens com duplos mas com a cara dos protagonistas em cenas tórridas de infidelidade que criam um mexer de emoções inevitáveis e que deixam o outro a pensar se serão ou não verdade. É um jogo de mistura dessa dualidade de querer acreditar que é falso, mas uma parte acreditar que possa ser verdade. Uma montanha-russa emocional portanto.

Não deixa de ser curioso, como nos dias que correm estas tecnologias nos alertam para tantos perigos ao alcance da inteligência artificial, da manipulação de imagens de maneira tão quase real que inevitavelmente provoca nos demais a confusão do que será ou não verdade/real.

Não é de todo um formato que eu goste mas acabei por ver na totalidade por ficar em alguns episódios incrédula quase com a manipulação feita do que na realidade não aconteceu mas quase se jura que sim.

É claro que, ao longo de cada episódio e de cada "teste" pelos quais passam os protagonistas é inevitável não irem criando novelos de lã na cabeça e errando tantas vezes por acreditarem ou não que o amor que estão a viver com o parceiro não era capaz de ser beliscado pelo reality que entraram, pelo desafio de caírem ou não em tentação com os que estão do outro lado da moeda, os que vieram para mexer com eles e fazer com que sejam postos à prova a quererem ou não, dar uma facada na relação que até ali tinham como certa.

Não vou falar das imagens verdadeiras e da facilidade que alguns dos envolvidos se deixam ir, mesmo quando continuam a afirmar que todo o amor que têm pelo outro é verdadeiro. Eu sei que é todo um cenário feito manipulando à raiva e traição por despeito do que estão a sentir, mas...

Já viram a série? Qual a vossa opinião, ficaram curiosos?

 

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

30
Mai23

A vida é do caraças!

Maria

IMG_20230530_154721_007.jpg

 

Há dias em que me sinto bonita. Leve. Boa onda. Há dias em que me sinto a ultima bolacha do pacote, bem amassadinha, esquecida, ali quase a "roçar" o fim da validade.

Há dias que só vejo as rugas, as perdas, as falhas, as cicatrizes. Há dias em que lhes acho piada, há dias em que é só olhar melhor e não vejo nada disso. Vejo sim, o crescimento, a menina sonhadora, as conquistas, o coração que se mantem no lugar certo, a fé, os sonhos e a visão positiva do lado de lá.

Há dias de muito sol, há dias de tempestade que tento me desviar mas caio estatelada na poça da água. E eu rio. Porque eu gosto muito dos dias de sol e sei que não há dois dias iguais.

Há dias que o medo me atrapalha. Desassossega-me. Abalroa-me. Encosta-me naquele cantinho como se estivesse a passar um furacão e eu estou ali a tentar segurar-me ao virar da esquina.

Há dias em que me apetece só chorar e as lágrimas nem caiem. Outros em que é dificil segura-las e elas desabam qual rio douro a transbordar.  Há dias, muitos, em que me doiem as queixadas de tanto rir, caramba como é bom.

Mas há dias em que me sinto empoderada. Com uma sorte do caneco. Com a vibe no máximo a achar que consigo partir isto tudo e rodar a baiana enquanto bebo o meu tinto maduro em copo de pé alto sem deitar fora.

A vida às vezes parece estar do lado certo, outras vezes bem virada do avesso. Vai na volta, e eu nem sei qual é o meu lado certo... mas é só a vida a acontecer.

E isto de viver é do caraças.

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

30
Mar23

"O Agente da noite"

Maria

Peter Sutherland (Gabriel Basso), um atento agente do FBI que monitoriza uma linha de emergência recebe uma chamada que despoleta toda a acção em que o fará mergulhar numa conspiração mortífera com ligações à Casa Branca. Peter é um agente curioso, atento ao que o rodeia e busca o bem e a verdade. Ainda que parta de um "posto mais básico" dentro do mundo do FBI, dá o melhor de si em prol da sua profissão. 

 

É uma série de acção policial completamente empolgante para quem gosta do género. Assim que entrei na netflix e apareceu-me o trailler quis logo ver um pouco do primeiro episódio para ver se gostava e vi dois seguidos! Até que em três dias vi a série que estava em primeiro lugar com uma temporada de 10 episódios completamente vibrantes, entre a curiosidade e suspense, a violência, os mistérios, a desconfiança, traição e a podridão do poder. Uma acção envolvendo o FBI, a Casa Branca, Agentes secretos e espionagem.

É todo um cenário que levanta a curiosidade do simples mortal, perante as investigações, as ligações e a corrupção num Mundo de poder internacional. Cenário esse em que se deres o melhor de ti acabas sempre por ser recompensado.

Espreitem o trailler:

Já viram a série? Qual a vossa opinião, gostaram ou ficaram curiosos?

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

23
Mar23

Coisas que aprendi, ao lidar com doenças do foro mental

Maria

A saúde mental é um assunto cada vez mais na ordem do dia. Só não sei se isso está a ser positivo e a trazer os frutos que deveria trazer. Isto é, às vezes parece que se fala de saúde mental de uma forma tão  corriqueira que parece-me banalizar-se um assunto muito peculiar, importante e que deveria ter uma maior lucidez e atenção. Empatia. Uma maior ajuda no verdadeiro sentido da palavra. Ajuda pessoal e profissional. Doenças mentais (em todas as suas variantes) ainda são um assunto tabu, preconceituoso, pejorativo e diminutivo à pessoa. Com isto tira-se-lhe o foco na ajuda à pessoa que precisa e ao seio restrito onde está inserida que precisa também de ajuda.

[imagem retirada da internet]

 

- o cérebro de uma pessoa é realmente impressionante, a falha/avaria/mau funcionamento de um componente (células) seu muda efectivamente tudo na tua vida e na de terceiros.

- podes achar que percebes, podes achar que chegas lá, podes achar que já leste tudo e mais alguma coisa, podes achar que aquilo vai ser controlável, mas na verdade, a princípio não vais saber lidar ( e este "a princípio" pode durar anos e nunca chegares a saber lidar)

- o amor só não chega. Ajuda. Mas não chega.

- vais ter dias muito maus. Péssimos. Horríveis. Inimagináveis. Vais ter dias melhores. Nunca vais voltar a ter dias como antes.

- num dia podes ter tudo. Tudo a correr muito bem e no segundo seguinte tudo a correr muito mal.

- vais querer desistir, de ti ou da pessoa.

- ninguém, por mais que tu possas partilhar vai saber com o que lidas. Fica mais perto de imaginar, quem já passou por uma situação semelhante, mas todas as doenças mentais são e manifestam-se de maneira diferente com pontos em comum.

- a nível profissional a ajuda é muito pouca para o estrago que causa, não só na vida do doente em si, mas por vezes, muito mais na vida dos que o rodeiam.

- enquanto se lembrarem de ti, está "tudo bem", no dia em que não se lembrarem, que provavelmente vai acontecer, vai doer ainda mais.

- se achas que já viste tudo nesta vida, vais ter a perfeita noção que não, que todos os dias te consegues surpreender e normalmente pelos motivos menos bons.

- pode demorar anos a manifestar-se mas o "bichinho" já lá está, com isto dizer que, haverá pequenos pormenores que a princípio não se dão a devida importância e que mais tarde te vão fazer pensar "afinal quando foi aquilo, já era um sinal". É, pode ser.

- aprende com isso. Vais revoltar-te. Bater o pé. Chorar, gritar, resmungar e vais chegar aquele ponto de ebulição. É normal e melhora com o tempo. E é esse tempo que te vai demonstrar que não vale a pena. Aquilo é uma doença. E uma doença ninguém escolhe. Muito mais uma doença mental que, não só não escolhes como tira-te todos os dias o poder de escolheres o que quer que seja.

[expresso-me mais sobre a demência e o Alzheimer]

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

15
Mar23

O meu coração azul e branco não tem táctica

Maria

Estou só triste. Adormeci triste. Acordei a lembrar-me dessa tristeza.

Não tenho falado aqui de futebol, mas continuo a vivê-lo intensamente. Esta coisa de gostar tanto de futebol não abranda com o tempo, não desvanece o amor que sinto pelo meu clube. Nem o tempo nem as derrotas. Mas custa. Quando sabemos que estava ao nosso alcance fazer mais. Hoje não venho falar de táctica, opções, gestão de jogadores, oportunidades. Não sou treinadora de bancada e mandar bitaites de fora é fácil.

Eu joguei futebol e sei que, cada jogo é um jogo, a bola é efectivamente redonda e nem sempre cai para quem joga bem. Mas as oportunidades que não se agarram por norma não voltam. E quando voltam se tornas a desperdiçar já não há estrelinha que te valha.

Do jogo de ontem, a jogar em casa, com tanta oportunidade com mais de 60% de posse de bola em todo o jogo, com tanto ataque e jogo ofensivo, tínhamos que ter aproveitado cada oportunidade de fazer golo, vá no mínimo uma para levar o jogo avante e duas para vencer aquela porra. Tivemos muitas. E nem uma foi eficaz.

Com isso fomos eliminados quando não dependíamos de ninguém só da nossa eficácia. Fica um orgulho ferido. Porque tenho sempre orgulho nos meus, nos que dão o corpo às balas pelos milhares de adeptos que carregam o clube no coração. Há quem dê mais. Há. E há quem faça muita falta quando não está. Há. Mas temos que ser mais que isso. Aquele emblema que se traz ao peito e que cada adepto carrega no coração merecia mais.

Não fomos maus, mas devíamos ter sido do c@ralho!

F.C. Porto 0 x 0 Inter Milão (2º jogo dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões - eliminados )

▪Texto em destaque na página do @SAPO

09
Mar23

Este país não é para velhos - o tanas!

Maria

Este país não é para velhos

 

Volta e meia, infelizmente, estas notícias sobre os maus tratos a idosos, principalmente em lares entram-nos pela "porta adentro" e dão-nos uma chapada da realidade por este país fora à qual, muitas vezes temos os olhos com "óculos de sol" que nos protegem de tamanhas barbaridades que acontecem dentro de paredes. Umas vezes na casa ao lado, numa família que não respeita o mais velho, o idoso que muitas vezes precisa de cuidados especiais, outras vezes, dentro de quatro paredes onde alguém confiou deixar um idoso à mercê de indivíduos que valem pouco.

Nós sabemos, todos, que os lares escondem muita coisa, principalmente lares ilegais, que pessoas recorrem por talvez os valores dos lares legais não serem para o bolso de qualquer idoso ou família neste país. No entanto, quero sempre acreditar que se vai em busca de algo com condições para "os nossos". E vejamos, se até nos lares legais há tanta coisa má...

Dentro das famílias já temos assistido também infelizmente a notícias de maus tratos, logo não fico assim tão espantada quando vêm de lares. Eu sei que à partida quem tem, quem gere e quem trabalha num lugar destes tem que estar apto para o fazer e ter acima de tudo respeito por quem ali vai encontrar.

É difícil aceitar que alguém compactue com estes maus tratos. Sejam com a falta de higiene, de coisas básicas, com a falta de comida ou com a violência verbal ou física.

Eu tenho uma ligação muito grande com a minha família. Sou muito família. E tenho familiares em lares. Que pagam um balúrdio para lá estar e que jamais pus a hipótese de não terem qualidade de vida lá. Mas convém sempre estar de olho. Perguntar sempre. Visitar. Sim visitar o lar, as pessoas não vão lá parar e depois deixam-nas lá sem qualquer visita, não deveria acontecer.

São assuntos delicados, mas que para quem tem respeito pelos mais velhos custa a entender.

Hoje em dia nada é fácil, parece que andamos sempre a mil à hora ainda que no mesmo sitio sem tempo para nada e para tudo o que só nos interessa. Sem paciência. E cada vez mais, os mais novos, talvez percam esse sentido de família e respeito pelos velhos deste país.

Nós lá chegaremosE eles. E sinceramente acho que seremos pessoas mais solitárias que os velhos do nosso país neste momento, porque infelizmente cada vez mais eles são descartáveis porque o ser humano está mais egoísta e só pensa naquele que se move à volta do seu umbigo... um dia vai sentir-se na pele o que é ser-se velho e os olhares de "empata" que certas pessoas mandam.

Hoje ama-se menos, com menos respeito, com mais inseguranças e com menos valores. Com muitas expectativas em pouco empenho. Numa experiência que é viver muito o hoje, em que não se investe, não se trabalha no outro, em que o desistir é mais fácil.

Sejamos mais empáticos com essa luta que é geral aos nossos idosos - a incerteza do amanhã, a conquista de um lugar bonito na vida de outros, o carinho, agradecimento e compreensão.

Este país é deles, antes de ser nosso.

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

06
Mar23

Pensei não aguentar uma semana. Passaram dezasseis anos!

Maria

Fez ontem 16 anos que não pertenço aos "quadros" do desemprego... como costumo dizer já faço parte da mobília, esta é a minha segunda casa! E isto é uma típica relação normal. Altos e baixos. Quase desistências. E dias bons. Dias não. Luta dia após dia. Dias com menos fé e dias que só se olha para o futuro. Juntos.

IMG_20210305_105643_748.jpg

 

Fui literalmente deitada aos lobos. Assim mesmo sem ninguém ali com paninhos quentes para "aliviar as fores", para enxaguar tanta lágrima que deitei e acalmar os nervos que aquilo me deu.

Não foi um inicio nada fácil. Foi muita coisa nova, foi, com outra idade, muita responsabilidade e foi muito olhar para o lado e ninguém para ajudar. Foi um "desenrasca-te". E durante muito tempo foi basicamente isso desenrascar-me todos os dias, panicando muitas vezes com os nervos e o stress a tentar lidar com tudo e a tentar ser capaz. Falhei muitas vezes com certeza mas tentei sempre dar o meu melhor e ser melhor. Acho que consegui. Nunca pensei estar aqui no hoje. Mas se estou deve-se à minha luta, perseverança e coragem. Porque foram muitos dias a aguentar o barco em dias não. Mas depois há os dias bons e a equipa que entretanto se tornou a melhor equipa e ambiente de trabalho na maior parte dos dias.

Afirmo novamente:

Atentem numa coisa, isto é um abre olhos para aqueles que começam num trabalho novo e é difícil, às vezes as coisas depois descomplicam um pouco. Às vezes vale a pena não ir pelo caminho mais fácil - desistir. 

É uma empresa de loucos, digo-o tantas vezes. Mas isto é família.

E eu continuo a agradecer por nos dias que correm, nestas crises que fui ultrapassando, ter trabalho. Agradeço as oportunidades que me vão sendo dadas. Continuo a resmungar todos os dias para sair da cama pela manhã, queixo-me pela cabeça massacrada com que chego muitas vezes ao fim do dia, bato o pé pelas vezes que ganho um cabelo branco por aturar gente que me tira do sério, dias há em que me revolto por ter tanta coisa nos meus ombros que às vezes me tira o sono, às vezes mando o boss (ou outros) abaixo de Braga (psicologicamente ou baixinho é certo) mas caramba, se ficasse em casa, se não tivesse trabalho, se fizesse parte da enorme lista de desempregados do país, aí sim o atrofio seria muito maior.

Um dia destes ouvi o Pedro Ribeiro (que admiro e ouço todas as manhãs) da Comercial dizer que o trabalho é importante mas enquanto director sempre tenta passar às equipas que o mais importante da vida deles tem que estar para fora da porta da rádio e que é preciso que as coisas corram bem lá dentro mas que cá fora a vida tem que ser ainda mais importante e têm que zelar por ela. E senti aquelas palavras, senti que estou no sitio certo porque aqui passa-se exactamente a mesma coisa. Trabalho com pessoas que se preocupam, que me tratam como família, que assim que digo que preciso sair dizem vai. Que são compreensíveis. Que me trazem pela manhã croissants, donuts e bolos. Que se estou mal é em casa que devo estar e nem preciso de papeis a justificar. Que levam a sério isto das relações e são humanos. Percebem o que eu digo?

E é isto. Pensei não aguentar uma semana. Passaram dezasseis anos!

É um exemplo de superar expectativas. De não desistir. De não ir pela primeira impressão. De saber que o ceder tem que partir de ambas as partes. De superação.  É realmente, um abre olhos.

Às vezes tenho saudades da menina que aqui chegou cheia de esperança no olhar e uma inocência própria dos vintes. Mas o trabalho molda-nos, faz-nos crescer, ganhámos calo de muitas situações e formamos a nossa personalidade a cada novo dia.

Venham mais!

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▪Texto em destaque na página do @SAPO

03
Jan23

Dicas/Desafio de Poupança 2023

Maria

Este já é aquele post que não pode faltar! Normalmente no fim de cada ano, quando faço o balanço, mas não tive tempo na minha semana de férias. Todos os anos deixo aqui algumas dicas que por experiência acho que são mais fáceis de seguir e depois faço os balanços das mesmas no fim do ano.

Hoje vou partilhar com vocês novamente, porque quem já anda por aqui algum tempo já conhece e tenho bom feedback, essas dicas e fazer o balanço deste ano que terminou, 2022.

  • Eu faço o desafio das 52 semanas. Mas o desafio que eu criei

Quem por aqui anda há algum tempo já conhece esta dica.

TABELA POUPANÇA.png

O balanço final é na ultima semana do ano, que teremos (se conseguimos cumprir à risca o desafio) a quantia de 702,00€ (que foi o que tentei fazer este 2022 mas que nos entretantos fui tirando de lá e acabei por não ter a totalidade agora no final, acumulou cerca de 500€, mas vou levar já para o próximo) Ou a quantia de 428,00€ no caso do desafio da tabela mais antiga (ver abaixo). É uma poupança extra que conseguimos para algo que estamos a desejar e às vezes não se consegue. É uma ajuda para aquele presente, ou aquela viagem, ou aquele miminho... é isso, aquele gasto extra.

A outra tabela é esta:

TABELA POUPANÇA (1).png

 

Esta dica surgiu depois de ver alguns desafios de poupança por aí e de ter percebido que para muitas pessoas, famílias, eram impossíveis.

Este ano não sabemos muito bem o que nos espera, logo em termos de poupanças não será fácil, mas juntos podemos tentar arranjar aqui algumas dicas que nos ajudem.

Este desafio, como é óbvio não traz um montante tão significativo como outros, mas já é bem bom e para carteiras com menor poder de manobra no orçamento mensal é mais fácil de conseguirem seguir. Muito melhor do que não poupar nada e afinal de contas o ditado grão a grão enche a galinha o papo é apropriado. Também podem juntar com outro tipo de poupança que já seguem ou têm por hábito fazer. 

Escolham a que melhor se adapta ao vosso objectivo. Imprimam a tabela que querem, ponham dentro de um frasco ou algo do género e é só ir depositando todas as semanas o valor (contem-me por qual optavam). Espreitem no instagram como eu faço.

Na minha opinião, tudo o que seja tentativa de poupança está óptimo. Porque acho que na realidade o que interessa é termos um objectivo e um caminho traçado e tentarmos ir por ali, caso contrário perdemos o rumo de querer poupar alguma coisa e um dia ou noutro vão-se aqueles trocos que eram para estar de lado. 

  • Também nos últimos anos optei por fazer o desafio das moedas de 2€.

Consiste em, durante um ano, ou o período de tempo a que se comprometem, todas as moedas de 2€ que vos passem pela mão, amealha-las. Dica: podem até pegar num qualquer frasco e ir pondo lá até encher e quando encher, independentemente do tempo, voilá têm um dinheirinho extra para as férias por exemplo!

  • Para pessoas que estejam a tentar largar um vicio.

Por exemplo deixar de fumar, gastar tanto € em raspadinhas (ou outro vício qualquer - tomar menos café, beberem menos socialmente...), também deixo a dica de tentarem pôr de lado o dinheiro que gastavam em tabaco. Ou uma quantia que estabelecem desse sentido. Quando tentei deixar fiz isso, mas tem que se pôr de lado mesmo, numa caixinha, numa gaveta, noutra conta, em qualquer lado que não passem por lá sempre, que é para deixar de lado literalmente.

  • Há pessoas que também têm um "emprego extra", ou fazem umas horas ao fim-de-semana em algum lado, ou algo do género, é interessante também não misturar esse dinheiro com o do ordenado mensal.
  • Um valor estipulado quando se recebe o ordenado.

Há um hábito bom que também podem adotar. Todos os meses, ou pelo menos sempre que seja possível, quando se recebe o ordenado estipular um valor que se pode pôr de lado também. O valor estipulado pode variar consoante as despesas mensais, ou extras que nos aparecem é claro, mas depois dos primeiros meses vão conseguindo ter a noção de um valor que provavelmente conseguem poupar. Nem que sejam dez euros mensais. Tudo é lucro. Mas no início do mês, que é para não terem a ideia de deixar para o fim para ver o que sobra e não sobrar nada. Isso não motiva, certo?

Acreditem as coisas vão aumentando, o pouco que seja. Mas não se esqueçam, a melhor dica é separar essas poupanças, da conta à ordem que vão mexendo regularmente.

Como podem ver, são desafios básicos que cada um se pode propor a fazer, ajustando-o a si, porque isto são apenas exemplos.

Querem tentar ou partilhar como andam os vossos planos de poupança, ou que dicas partilham?

Boas poupanças para 2023!

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