SorrisoIncógnito

Ela não prometeu nada até porque, com erros pode ela bem e sempre soube que o "jamais" e "nunca" podem tornar-se palavras demasiado pesadas para esta vida que são dois dias. Ela não disse que sim, que voltava e que fazia tudo de novo, até porque mesmo sabendo que seria assim, tal e qual, tinha um orgulho em si de não querer que isso voltasse acontecer, no fundo desejando. Sim são aquelas tais razões que não são para se entender. São as tais... Ela nega, não para os outros, mas para o seu mundo que ele parou de girar ali naquela sétima volta que lhe atrofiaram as rotações. Mas depois é tão fácil de ela levar com o que realmente aconteceu e com o que no hoje aquelas rotações têm efeito. Não vale a pena ela dizer que não, até porque as pernas vão tremer quando ela menos espera. O coração vai acelerar quando ela quiser que ele pare de modo a que nem dêem fé que ele ainda existe. Os lábios vão encaminhar-se para os outros lábios que tanto querem voltar a sentir. Vale a pena dizer que não, quando tudo nela diz que sim? Ela desligou o botão do coração e ele congelou. Esqueceu-se é que ainda há quem tenha a chave, que consiga fazer com que entre novamente em rotação e que não fique ali parado na sétima volta. Ela esquece-se, ou quer, e depois há a vida que lhe mostra em passos bem pequeninos que há coisas que não se esquecem. E que quem manda não é ela, mas sim o coração.

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