O amor é um lugar estranho.
O coração bate. Tudo acelera. Lá dentro qualquer coisa descontrola e sentes um calor que te incomoda. Tens a noção que nada passou (ainda). Grande merda. Tu lutas, tu tentas. Tu aceitas essa decisão e depois lá dentro não tens mão para controlar. Tu consegues não procurar. Tu consegues ter a noção do que é melhor para ti. Tu tens a perfeita consciência de que o teu caminho é esse mesmo que estás a tentar. Depois lá dentro, não há razões, não há lógica, não há total controlo. Sentes que tens dois caminhos, que sabes qual o que escolheste mas os cruzamentos deles baralham-te. Cabeça e coração são uma desgraça. Não queres ver, mas um coração sabe e vê mais que o nosso olhar. Sente aquilo que não é visível. É como uma mãe que sempre sabe tudo mesmo que insistas em não lhes dar razão. O coração bate. Tudo acelera. Fica por vezes tudo tão claro como outras tantas vezes, tão escuro. E tu tens medo. Não do escuro, mas de tudo aquilo que fica claro demais. Para ti. Em ti. Em mim. Cá dentro.
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