Nada está ganho. Mas fez mossa.
Ainda sinto a batida no peito do Herrera da tamanha emoção que nos deu. E sentiu. Ser Porto.
E ele bateu. E bateu. Com garra. E força. E alma. De dragão no peito. Firme a olhar para o 12. E gritou. PORTO. Mais que isso. Sentiu.
Foi certeiro. Eficaz. Foi capitão.
Foi um jogo de nervos. Como sempre o é, um clássico. O Benfica começou melhor. Sem dúvida. Nós fomos agarrando o jogo. Crescendo. Apalpamos terreno. Caímos e pusemos-nos ainda mais rápido de pé para dar tudo.
Não posso deixar de dizer que soube melhor pelas circunstâncias que foram. Não é por o rival ser quem foi, mas sim por irmos buscar o nosso lugar. Recuperarmos no campo deles. Isso torna ainda mais difícil a nossa conquista. Não ganhamos o campeonato. Sabemos que demos um passo importante para o conseguir, isso sim.
E não nos ganham se jogarmos com alma, garra, mística e levarmos o dragão ao peito. Não é mostrar o nome. É mostrar o símbolo da camisola que vestem. É a diferença.
E Herrera, eu estava lá, bem no meio dos super quando no dia 6 de Novembro de 2016 tu podias ter mandado a bola ali prá VCI mas foi para canto e o Benfica já nos descontos empatou num jogo que nitidamente não merecia, mas estava lá e sinto que um terço da força que puseste ontem no remate estava no sangue a fervilhar nas veias do que tinha acontecido.
Todos erramos, e estou em dúvida se tens sido tu a errar mais em campo, se nós, enquanto adeptos que nunca te chegamos a dar o devido valor que tens tido no [nosso] Porto.
Herrera, que tiro foi esse?
Benfica 0 x 1 Porto