I really try...
Arruma-se o necessário dentro do desarrumado. Deixa-se a lareira com a última lenha já quase a apagar-se. Come-se mais um doce. Olha-se a mesa e a sala numa de despedir-se. Já sem barulhos, sem sorrisos, sem vozes. Atenta-se nas luzes de Natal e no segundo antes de desligar as luzes da sala a lágrima no canto do olho aparece. Fecha-se a porta. O quarto está frio. Fecha-se a janela, entramos na cama e o teto parece um horizonte infinito. Nem mesmo o espírito de natal fez com que, o facto de ter entregado o coração a alguém, agora ele se abra. Está fechado. Nada entra nada sai. Não há luzes que o façam brilhar. Não há amigos que tirem a dor. Não há família que o embale. Não vale a pena encontrar trezentas e cinquenta e seis coisas para o ocupar porque o pensamento vai lá direitinho.