Porra, tenho saudade!
Tenho saudade a cada minuto. Tenho saudade que me balança o coração e me transborda o olhar. Tenho saudade quando me deito e quando acordo sobressaltada numa cama vazia. Tenho saudade de não me lembrar dos sonhos. Tenho saudade da estupidez da tinhosice e da lamechice parva. Tenho saudade de mim. Do sorriso espontâneo, da alegria a correr nas veias, da festa das borboletas. Saudade tem-se do que passou. Do que já não é, do que foi. Sinto saudade do aperto do apego. Do caminhar a passos juntos. Do entrelaçar de dedos. Do cair das paredes. Tenho saudades. De olhar em direcções. De ver caminhos. De ver o copo meio cheio.