Tabu e preconceito
Nos dias de hoje ainda se vive numa sociedade repleta de preconceitos e tabus. Mas ninguém gosta de estar conectado com isso. Ainda em pleno 2013 é tabu falar de sexo, é tabu dizer o que se sente, é tabu um dia acordar e só porque sim dizer aos que se gostam um simples “gosto de ti”. E uma pessoa diz ao companheiro/a, namorado/a, homem/mulher, mas a um pai ou a uma mãe, a um irmão, a um familiar ou mesmo a um amigo, quantas não são as vezes que ficam por dizer? E escrever uma mensagem não custa, mas tete-à-tete com a pessoa não são raras as vezes que o fazem? Isso é tabu, as pessoas têm medo de dizer o que sentem o que lhes vai na alma. As pessoas retraem-se quando é para demonstrar os sentimentos a pessoas que não sejam as que partilham a cama. As pessoas acanham-se. E as pessoas acabam por se conformarem por não o ouvir. As raças ainda trazem muito preconceito, as diferenças na cor, as religiões… as pessoas não admitem que são preconceituosas mas a um preto e uma branca ou vice-versa, torcem o nariz, o chegar a casa e dizer que o namorado é de outra religião Oh filha foge. Mas no entanto não se pega na mão a dizer gosto de ti, não se olha nos olhos e diz-se amo-te de coração. Falta-nos um bocadinho (grande) para sermos uma sociedade liberta de tabus e preconceitos, de moralidades escondidas em mentes retrógradas. Falta-nos um bocadinho (grande) para sermos uma sociedade de palavras para com os que nos são próximos e para acabar com a frase feita, “vale mais um gesto que mil palavras”. A verdade é que por vezes vale mesmo mas nada substituiu as palavras e essas são essenciais. Às vezes é mais fácil dar um abraço que pronunciar o que queremos dizer com esse abraço, mas não deixem as palavras tornarem-se escassas nas relações. Elas fazem falta. Também elas são necessárias.