Não há muitas, mas ainda há.
Não há muitas amigas que me façam atender um telefonema à uma da manhã. Não há muitas amigas que me façam a essa hora rir como uma perdida e passar horas ao telemóvel. Não há muitas amigas que me transmitam como é bom conhecer certas pessoas ao longo da vida e deixá-las fazerem parte do nosso caminho. Ainda as há, poucas, tenho uma que pode ligar-me às cinco da manhã (espera-se que esteja com som) vou sempre estar lá para a ouvir, nem que seja para contar que acabou de se apaixonar por um desconhecido, essa eu sei que ligasse eu à hora que fosse ela seria a primeira a atender o telemóvel e inevitavelmente dizer "fogo que malucas pá!". Como ela não conheci muitas, não tem interesses, é minha amiga porque sim.